ANÁLISE DOS SINTOMAS OSTEOMUSCULARES EM DOCENTES NOTURNOS

João Vitor Monteiro Marques, Luciana Araújo Guimarães, Marcio Fernandes dos Reis

Resumo


Introdução: Os problemas de saúde que estão relacionados ao trabalho têm se sido considerado de caráter epidêmico, principalmente aqueles relacionados às doenças ocupacionais, que são as lesões por esforços repetitivos (LER) e distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT). Os docentes noturnos têm se queixado cada vez mais desses distúrbios devido à sua jornada de trabalho e por assumir diversas posturas inadequadas ao logo do dia. Objetivo: Avaliar e comparar os sintomas osteomusculares relacionados à profissão de docentes universitários dos diferentes cursos do turno noturno de uma Instituição de Ensino Superior de Juiz de Fora. Métodos: Foram entrevistados 43 docentes da Universidade Presidente Antônio Carlos - JF, de ambos os sexos, com idade compreendida entre 32 e 63 anos. Inicialmente, foi entregue aos participantes o questionário composto por questões relativas às informações pessoais e profissionais, finalizada esta etapa, procedeu-se o preenchimento do Questionário Nórdico para avaliação e mensuração das dores musculoesqueléticas. Resultados: Nos últimos 12 meses, ficou evidenciado que as regiões mais afetadas foram pescoço (43,5%), dorsal (26,1%), lombar (56,5%), tornozelos e pés (39,1%). Conclusão: O surgimento dos sintomas osteomusculares indica que existe uma desarmonia entre as atividades desempenhadas e a capacidade dos professores em responder de forma satisfatória ao trabalho. Logo, a compreensão dos fatores que favorecem o aparecimento desses sintomas é medida indispensável para que planos de prevenção e recuperação de agravos sejam traçados para a melhora significativa da saúde e qualidade de vida dos docentes.


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