OSTOMIA: A PERCEPÇÃO DA FISIOTERAPIA

Aryadnne Schactae, Carla Scheremeta, Édipo Araújo

Resumo


O processo pelo qual um paciente passa a “estar estomizado” é bastante agressivo em relação a aspectos psicológicos e físico. A cirurgia para confecção de um estoma afeta a questão de auto-imagem, por ter uma parte de seu intestino  exteriorizada e carregar uma bolsa coletora colada em seu abdômen . Aplicado os questionários Sf-36 de Qualidade de vida e Owestry de dor lombar, foi observado uma melhora na qualidade de vida, após cinco meses da cirurgia, não havendo relatos de algia lombar por parte dos pacientes, mas que no pós operatório, até um mês depois da cirurgia, apresenta-se dores leves, de baixa intensidade, que reflete em uma posição antiálgica, onde o paciente limita seus movimentos de tronco com receio de deslocar a bolsa coletora, realizando assim uma inclinação frontal do tronco para se sentir segura frente sua nova situação com estoma.  Buscado na literatura, constatou-se inúmeros benefícios que a fisioterapia pode proporcionar a esses pacientes, aplicando técnicas e recursos para alivio da dor, relaxamento e interação social, sendo proposto atividades de reeducação postural que podem ser trabalhadas em grupos, melhorando assim a qualidade de vida desses pacientes e diminuindo seu tempo de luto frente a nova situação de ser uma pessoa estomizada.

 

Palavras-chaves: fisioterapia; estomia; cuidados.


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