AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DE ESTACAS PROVENIENTES DE SEIS CULTIVARES DE GOIABEIRA

Guilherme Suzano Beraldeli da Costa, Alison Fernando Nogueira, Clandio Medeiros da Silva, André Luiz Oliveira de Francisco, Flávio Corrêa de Carvalho

Resumo


A goiabeira (Psidium guajava L.) destaca-se como uma opção de produção para o pequeno produtor. Baseado nesta afirmação está frutífera demanda estudos relacionados à sua propagação. Neste contexto, o presente trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar o desenvolvimento de estacas de seis cultivares de goiabeira. O experimento foi conduzido em casa de vegetação no setor de fruticultura da Estação Experimental do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-IAPAR-EMATER (IDR- Paraná) situado em Londrina. O delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualisado composto por seis tratamentos, sendo eles as cultivares (Kumagai, Santa Alice, Paluma, Pedro Sato, Século XXI e Ruby Supreme) com 10 repetições, totalizando 60 estacas. Foram utilizadas estacas com aproximadamente 15 cm de comprimento, estas foram imersas em solução de ácido indolbutírico (AIB) por 15 segundos e colocadas em vasos para o enraizamento, contendo vermiculita como substrato. Aos 100 dias as estacas foram submetidas às avaliações de enraizamento. Posteriormente foram realizadas avaliações da parte aérea com 30 e 60 dias após as estacas serem transferidas para vasos individuais. Neste experimento, as cultivares Paluma e Ruby Supreme, apresentaram os melhores resultados tanto no desenvolvimento radicular quanto da parte aérea, portanto podem ser produzidas via estaca e fornecem ao produtor uma opção de propagação.

Palavras-chave


Psidium guajava L.; Propagação; Ácido indolbutírico

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