ADUBAÇÃO NITROGENADA DE COBERTURA EM FORRAGEIRAS ANUAIS DE INVERNO CULTIVADAS EM SOLO COM ALTO TEOR DE MATÉRIA ORGÂNICA

Pedro Celso Soares da Silva, André Luis Finkler da Silveira

Resumo


 

RESUMO: Dentro do contexto da adubação nitrogenada de plantas forrageiras no Sudoeste do Estado do Paraná, o objetivo do trabalho foi estudar a resposta em termos de produtividade de matéria seca de forrageiras anuais de inverno submetidas a diferentes doses de nitrogênio (N) em cobertura, cultivadas em Latossolo Vermelho distroférrico com alto teor de matéria orgânica. O delineamento experimental empregado foi de blocos ao acaso em esquema bifatorial com quatro repetições. O fator qualitativo (forrageiras gramíneas anuais de inverno) foi constituído pelas forrageiras Avena sativa L. cultivar IPR Suprema, Avena sativa L. cultivar IPR Esmeralda, Avena strigosa Schreb cultivar Iapar 61 Ibiporã, Secale cereale L. cultivar IPR 89, Lolium multiflorum L. cultivar BRS Ponteio. O fator quantitativo (doses de N) foi constituído de quatro doses de N aplicados em cobertura (0, 90, 180 e 270 kg N/ha-1). A forrageira aveia branca IPR Suprema apresentou maior produção total de matéria seca/hectare/ano e diferiu significativamente das demais forrageiras. Houve efeito das doses de nitrogênio sobre a matéria seca total (MST), das forrageiras estudadas. O modelo ajustado foi o de segundo grau com a equação: Y= 3,763508 + 0,008443X – 0,000017X2,com R2=88%. Portanto, 88% na variação da matéria seca total é explicada pela influência das doses de nitrogênio. Neste caso, a Máxima Eficiência Técnica (MET) foi obtida com 236 kg N/ha-1 o qual resultou numa produção total de 4,71 toneladas de matéria seca/ha-1/ano. Em função da oscilação dos preços pagos para ureia e feno na época, a Máxima Eficiência Econômica (MEE) é obtida numa faixa usando doses entre 91 a 151 kg N/ha-1.



 

 

 


Palavras-chave


PRODUTIVIDADE, MATÉRIA SECA, EFICIÊNCIA.

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