CONTROLE BIOLÓGICO E QUÍMICO DE PRAGAS NA CULTURA DO MILHO

Resumo

O milho (Zea mays) é uma cultura essencial para a alimentação humana e animal, sendo o Brasil o terceiro maior produtor mundial. No entanto, enfrenta pragas como a lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda), o percevejo-barriga-verde (Dichelops furcatus) e a cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis), esta última vetor de doenças como o enfezamento, que prejudicam o crescimento das plantas e reduzem a produtividade. O controle dessas pragas é fundamental para manter o rendimento da cultura. Inseticidas químicos, como Imidacloprid e Beta-ciflutrina, são amplamente usados devido à sua eficácia, mas seu uso excessivo pode causar resistência e impactos ambientais. Assim, torna-se necessária a rotação de princípios ativos e a adoção de métodos mais sustentáveis, como o uso de inseticidas biológicos, a exemplo do Beauveria bassiana, que atua de forma parasitária nos insetos. Este estudo, realizado na Fazenda Suruvi, em Ponta Grossa (PR), avaliou a produtividade e os componentes de rendimento do milho sob diferentes tratamentos de controle de pragas: químico, biológico e a combinação de ambos. Os resultados indicaram que os tratamentos com inseticidas químicos e sua combinação com os biológicos proporcionaram maior produtividade, número de grãos por espiga e peso de mil grãos, em comparação ao controle biológico isolado e à testemunha. O biológico isolado não ofereceu controle eficaz das pragas. A combinação de métodos demonstrou ser a estratégia mais eficiente e sustentável, reforçando a importância do manejo integrado de pragas para garantir alta produtividade com menor impacto ambiental.