ANÁLISE QUANTITATIVA DE MICRONUTRIENTES DOS CARDÁPIOS DE PRÉ-ESCOLARES DA REDE PÚBLICA DE PONTA GROSSA-PR

Bruna Baldykowski, Enny Antunes Grein, Alexandre Rodrigues Lobo

Resumo


Para garantir um adequado aporte nutricional no âmbito escolar, dando maior importância para a merenda escolar, o governo federal criou o PNAE, que tem por objetivo garantir o direito humano a uma alimentação adequada e saudável. Dessa forma o presente estudo teve como objetivo verificar a adequação de calorias e minerais do cardápio mensal oferecido as crianças do ensino infantil que estudam nas escolas da rede municipal em regime parcial, e relacionar se os mesmos estão de acordo com os valores preconizados pela resolução do PNAE. Trata-se de pesquisa, quantitativa e descritiva, desenvolvida entre maio e junho de 2016. De acordo com os dados analisados, pôde-se verificar que na maioria das refeições ofertadas através da alimentação escolar, as necessidades nutricionais diárias de energia e minerais, não atingiram o percentual de adequação. O zinco (118,73%) foi o único mineral que atingiu mensalmente as recomendações de acordo com o programa. A caloria (74,29%), o ferro (41,30%), o cálcio (39,27%) e o magnésio (97,96%), não atingiram as recomendações mínimas exigidas pelo programa. Conclui-se que se faz necessário alguns ajustes nos cardápios ofertados as crianças, visando atender as recomendações do PNAE. Há necessidade de se avaliar mais cardápio para se ter dados mais precisos e avaliar com mais detalhe a quantidade desses nutrientes que estão sendo oferecido as crianças, pois suprir as necessidades nutricionais diárias das mesmas, garante um adequado crescimento, desenvolvimento e melhor rendimento escolar.

Palavras-chave


PRÉ-ESCOLARES, PNAE, NECESSIDADES NUTRICIONAIS, ADEQUAÇÃO DE CALORIA E MINERAIS.

Texto completo:

PDF

Referências


ABRANCHES, M. V.; PAULA, H. A. A.; MATA, G. M. S. C.; SALVADOR, B. C.; MARINHO, M. S.; PRIORE, S. E. Avaliação da adequação alimentar de creches pública e privada no contexto do programa nacional de alimentação escolar. Nutrire: rev. Soc. Bras. Alim. Nutr. São Paulo-SP.v. 34, n. 2, p. 43-57, ago. 2009.

AMARAL, A.D. A Influencia da Mídia na Alimentação Infantil. 2012.

BRASIL. Ministério da Educação Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Cartilha Nacional da Alimentação Escolar. Brasília. 2015.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Alimentação saudável e sustentável. Brasília, 2007. Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/profunc/alimet_saud.pdf>. Acesso em: 28 de jun. 2016.

BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa de Orçamentos Familiares 2002-2003: percentual de crianças menores de cinco anos desnutridas no Brasil.

BUENO, A. L.; CZEPIELEWSKI, M. A. A importância do consumo dietético de cálcio e vitamina D no crescimento. J. Pediatria. Rio de Janeiro. 2008. vol.84.

nº5. p. 386-394.Disponível em:. Acesso em: 24 de jun. 2016.

GÓNGORA, V. D. L. C.; GAONA, B.; VILLALPANDO, S.; LEVY, T. S.; ROBLEDO, R. Anemia and iron, zinc, copper and magnesium deficiency in Mexican adolescents: National Health and Nutrition Survey 2006. Salud Pública de México. vol. 54, noº. 2. 2012. p 135-145.

LIMA, G. G. B.; O educador promovendo hábitos alimentares saudáveis por meio da escola. Disponível

em:. Acesso em 15 abr. 2016.

LOZOFF, B.; BRITTENHAM, G. M.; WOLF, A.W. Iron deficiency anemia and iron therapy: effects on infant developmental test performance. Pediatrics. 1987;

MACÊDO, E. M. C.; AMORIM, M. A. F.; SILVA, A. C. S.; CASTRO, C. M. M. B. Efeitos da deficiência de cobre, zinco e magnésio sobre o sistema imune de crianças com desnutrição grave. Rev Paul Pediatr. 2010. Disponível em:< http://www.scielo.br/pdf/rpp/v28n3/12.pdf>. Acesso em: 24 jun. 2016.

MACHADO, E. H. S.; LEONE, C.; SZARFARC, S. C. Deficiência de ferro e desenvolvimento cognitivo. Rev. Bras. Crescimento Desenvolvimento Humano. vol.21 no.2. São Paulo. 2011.

MONTEIRO, C. A.; SZARFARC, S. C.; MONDINI, L. Tendência secular da anemia na infância na cidade de São Paulo (1984-1996). Rev. Bras. Crescimento Desenvolvimento Humano. vol.34 nº6. São Paulo. 2000. Disponível em:< http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102000000700009>. Acesso em:24 jun. 2016.

PEDRAZA, D. F.; QUEIROZ, D. Micronutrientes no crescimento e desenvolvimento infantil. Rev. Bras. Cresc. e Desenv. Hum. Campina Grande. 2011.

TACO. Tabela brasileira de composição de alimentos. 2 ed. São Paulo:

NEPA/UNICAMP, 2006.

TORAL, N.; RHEIN, S. O.; CINTRA, I. P.; FISBERG, M. O papel do zinco na infância e adolescência. Grupo Editorial Moreira Jr. Disponível em: . Acesso em: 16 abr. 2016.

UMBELINO, D.C.; ROSSI, E.A. Deficiência de ferro: consequências biológicas e propostas de prevenção. Rev. Ciênc. Farm. BásicaApl. v. 27, n.2, p.103-112, 2006

WALTER. T.; ANDRACA, I.; CHADUD, P.; PERALES, C. G. Iron deficiency anemia: adverse effects on infant psychomotor development. Pediatrics. 1989.


Apontamentos

  • Não há apontamentos.


Direitos autorais 2020 Revista Nutrir - ISSN 2358-2669