AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM UMA CASA DE REPOUSO DO MUNICÍPIO DE CASTRO- PR
Resumo
Com o aumento da expectativa de vida e da população de idosos no Brasil e no mundo, a procura por casas de repouso especializadas no cuidado de indivíduos nessa fase da vida tem aumentado. O envelhecimento traz consigo alterações fisiológicas, metabólicas, anatômicas, sociais e psicológicas que podem predispor os idosos ao risco nutricional e à desnutrição. O objetivo deste estudo foi avaliar o estado nutricional de idosos residentes em uma casa de repouso do município de Castro (PR). Esse estudo apresenta delineamento transversal, descritivo e analítico, foi realizado em março de 2016, com idosos de 60 anos ou mais, de ambos os sexos. O instrumento de pesquisa usado para triagem nutricional e avaliação dos idosos foi a Mini Avaliação Nutricional. Os resultados foram lançados no Software SPSS Statistic 17.0 para avaliação de frequências simples como média, mediana e desvio padrão. Foram avaliados 25 idosos com idade entre 60 a 92 anos, sendo 52% do sexo masculino. Quanto à Mini Avaliação Nutricional, observou-se que 58,8% encontravam-se com risco de desnutrição e 11,8% com desnutrição, ou seja, foram detectadas prevalências que merecem atenção. Considerando o aumento da expectativa de vida da população, torna-se um desafio viver mais e com qualidade. Portanto, o presente estudo aponta para a necessidade de ações constantes de triagem, diagnóstico e intervenção nutricional entre os idosos, com a finalidade de garantir qualidade de vida ao longo da senescência.
Palavras-chave
Texto completo:
PDFReferências
ABAJO, D. A. C; GARCIA, R. S; CALABOZO, F. B;PEREZ, A.L; CASADO, P.J; PINDADO, M.A.C.Protocolo de valoración, seguimiento y actuación nutricional en un centro residencial para personas mayores.Revista Nutricion Hospitalaria, v.23, n.2, p.100-104, 2008.
ANDRADE, D.G. D; FONSECA, S.S; STRACIERIP, M. A, Mini avaliação nutricional-Avaliação da capacidade cognitiva e funcional de idosos em uma instituição de longa permanência no município de Ipatinga, MG. -NUTRIR GERAIS – Revista Digital de Nutrição, Ipatinga, v. 3, n. 5, p. 428-443, 2009.
BIRKETVEDT, G.S; SHIMSHI M; ERLING T, FLORHOLMEN J. Experiences with three different fiber supplements in weight reduction. Medical Science Monitor. 2005; v.11, n.1, p.15-18, 2005.
BRANDÃO, F. A, Estado nutricional e características sócio- econômicas demográficas de idosos institucionalizados na cidade do Rio Grande do Sul, RS. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) – Universidade Federal de Rio Grande do Sul, RS, FURG, Rio Grande, 2008.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Resolução nº. 283, de 26 de setembro de 2005. Aprova o regulamento técnico que define normas de funcionamento para as Instituições de longa permanência para idosos, de caráter residencial, Diário Oficial da União 27 nov, 2005.
BRASIL. Ministério da Saúde. Orientações para coleta e análise de dados antropométricos em serviços de saúde: norma técnica do sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional - SISVAN. Brasília: Ministério da Saúde, 2011. (Série G. Estatística e Informação em Saúde).
CALDAS, C. P; Envelhecimento com dependência: responsabilidades e demandas da família. Cadernos de Saúde Pública. Rio de Janeiro- RJ, v.19, n.3, p 773-781, 2003.
CAMARGO, M. C. S; RODRIGUES, R. N; MACHADO, C. J. Idoso, família e domicílio: uma revisão narrativa sobre a decisão de morar sozinho, Brasileira de Estudos de População, Rio de Janeiro- RJ, v. 28 n. 1p. 217-230, 2011.
CAMPOS, M. T. F. S; MONTEIRO, J. B. R; ORNELAS, A. P. R. C. Fatores que afetam o consumo alimentar e a nutrição do idoso. Revista de Nutrição, Campinas, p.157-165, 2000. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rn/v13n3/7902. zpd Acesso em: 16/10/2015.
CARDOSO, A. F. Particularidade de idosos: Uma revisão sobre a fisiologia do envelhecimento. Revista Digital Buenos Aires, Buenos Aires, v.13, n. 130, 2009.
CARVALHO, J; MOTA J. A actividade física na 3ª Idade: Actividade Física no Idosos – Justificação e Prática. Cadernos Desportivos: Câmara Municipal de Oeiras, 2002.
CHAIMOWICZ, F. Saúde do Idoso, 2º Edição, Núcleo de Educação em Saúde Coletiva- NESCON, Universidade Federal de Minas Gerais, v.4, p.108-114, Belo Horizonte, 2013.CHUMLEA, W. C; ROCHE, A. F; STEINBAUGH, M. L. Estimating stature from knee height for persons 60 to 90 years age. Journal of American Geriatric Society, v. 33, n. 2, p. 116-120, 1985.
CREUTZBERG, M; GONÇALVES, L. H. T; SOBOTTKA, E. A. Instituição de longa permanência para idosos: a imagem que permanece. Texto Contexto Enferm. Florianópolis, v. 17, n. 2, p. 273-279, jun., 2008.
CUNHA, A. N. Sistematização da assistência de enfermagem no tratamento de feridas crônicas, Olinda, 2006. Disponível em:http://www.abenpe.com.br/diversos/sae_tfc.pdf. Acesso em: 04/06/2016.
DANIELZIK, S. P. Association of different obesity indices with blood pressure and blood lipids in children and adolescents. British Journal of Nutrition, v.100, p.208-218, 2008.
DIRKS, A.J; LEEUWENBURGH C.The Role of Apoptosis in Age-Related Skeletal Muscle Atrophy.Sports Medicine; v.35 p.473–483, 2005.
FRANK. A. A. Mini avaliação nutricional na determinação do estado de saúde dos idosos ou sem doenças de Alzheimer: Aspecto positivo e negativo. Estudo Interdisciplinar do Envelhecimento, Castro PR v.14, n.1, p.45-64, 2009.
UNFPA-FUNDO DA POPULAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Envelhecimento do século XXI, Celebração e desafio- Revisão Help Age International, New York, cap. 1, p. 3, 2012.
GOMES, R.C; PINTO, C.S; SOAR, C. XIV Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e X Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba, São José dos Campos-SP, 2010.
GUEDES, A.C; B; GAMA, C. R; TIUSSI, A. C. R. Avaliação nutricional subjetiva do idoso: Avaliação Subjetiva Global (ASG) versus Mini Avaliação Nutricional (MAN). Com Ciências Saúde, v.19, n.4, p. 377-84, 2008.
HAKEN, V. Interações entre drogas e nutrientes. In: MAHAN, L.K. ESCOTT-STUMP, S. Krause Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. São Paulo 10. ed, p. 386-400, 2002.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTÍSTICA (IBGE). Perfil dos idosos responsáveis pelo domícilio. Rio de Janeiro, 2013.
JANSSEN, I; HEYMSFIELD S.B; ROSS R. Low relative skeletal muscle mass (sarcopenia) in older persons is associated with functional impairment and physical disability. Journal of the American Geriatrics Society; v.50 p.889-896, 2002.
LIPSCHITZ, D.A. Screening for nutritional status in the elderly. Prime Care, v.2, n.1, p. 55-67, 1994.
MASTROEM, M.F; ERZINGER, G.S. Perfil demográfico de idosos na cidade de Joinville, Santa Catarina: estudo de base domiciliar. Revista Brasileira Epidemiológica, v.10, p.190-201, 2007.
MONTEIRO, M. A. M, Percepção sensorial dos alimentos em idosos. Revista Espaço para a Saúde, v.10, n.2, p.34-42, jun. 2009.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Envelhecimento ativo: uma política de saúde. Organização Pan-Americana da Saúde, Brasília, 2005.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Jornal de Hoje. O povo online, Fortaleza-CE, 2013. Disponível em: http://www.opovo.com.br/app/opovo/cotidiano/2013/09/28/noticiasjornalcotidiano,3137628/brasil -tera-32-milhoes-de-idosos-aponta-estudo-do-ibge.shtml acesso em 16/06/2016.
RAMON, J. M ;SUBIRA, C. Grupo Espanhol de Investigação em Gerondoltologia. Prevalência de desnutrição na população idosa. Clinica Médica, v.117 p. 766-770, 2001.
RAMOS, M. P. Apoio social e saúde entre idosos. Sociologias, Apud Carneiro, Porto Alegre, v. 4, n. 7, p. 156- 175 2007.
ROCHA, C. Como mulheres viúvas de terceira idade encaram a perda do companheiro. Rbceh - Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano, Passo Fundo, p.65-73, 25 jul. 2005. Disponível em: . Acesso em 12/06/2016.
SACHS, A. Riscos Nutricionais na Terceira Idade, IMEN. Instituto de Metabolismo e Nutrição, São Paulo, 2016. Disponível em: http://www.nutricaoclinica.com.br/terceira-idade/riscos-nutricionais-na-terceira-idade. Acesso: 12/06/2016.
SANTOS H.V; REZENDE A.C.H. Tratado de Geriatria e Gerontologia. Nutrição e Envelhecimento. Guanabara Koogan; cap. 96, Rio de Janeiro, 2006.
SIVIERO. J. A importância da alimentação correta na Terceira Idade, Rio Grande do Sul, 2006. Disponível em:http://www.ihuonline.unisinos.br/index.php?option=com_content&view=article&id=578&secao=204. Acesso em: 06/06/2016.
SOUSA, V.M. C; GUARIENTO, M.E. Avaliação do idoso desnutrido. Revista Brasileira Clinica Medica, v.7, p.46-49, 2009.
TORAL, N.; GUBERT, M. B.; SCHMITZ, B. A. S. Perfil da alimentação oferecida em instituições geriátricas do Distrito Federal. Revista de Nutrição. Campinas, v.19 n.1 p.29-37, 2006.
VELLAS, B; GARVEY, P. J; GUIGOZ, Y. Mini Nutritional Assessment. A practical assessment tool for grading the nutritional state of elderly patients. Facts and Research in gerontology. v. 2, p.15-59, 1994.
VITOLO, M. R. Nutrição: da gestação ao envelhecimento. Rio de Janeiro: Rubio, p.628,2008.
WAITZBERG, D. L. Nutrição oral, enteral e parenteral na prática clínica. 3. ed.
São Paulo: Atheneu, 2004. v. 1.
WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Physical status: The use and interpretation of anthropometry. Report of a WHO expert committee. Geneva, 1995.
Apontamentos
- Não há apontamentos.
Direitos autorais 2020 Revista Nutrir - ISSN 2358-2669
