ANÁLISE DO PICO DE FLUXO EXPIRATÓRIO, FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA E CAPACIDADE FUNCIONAL DE EXERCÍCIO EM INDIVÍDUOS ACOMETIDOS PELO COVID-19

Luiz Eduardo Chi, Mikaela da Silva Corrêa, Mirela Rodrigues Padilha, Débora Rafaelli de Carvalho

Resumo


O COVID-19 é reconhecido como uma Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), altamente contagiosa e de rápida disseminação. A manifestação mais comum é a síndrome gripal. Existe uma escassa literatura, apresentando o perfil dos indivíduos acometidos pela doença. O objetivo do presente estudo foi analisar o pico do fluxo expiratório, força muscular respiratória e a capacidade funcional de exercício de indivíduos infectados pelo COVID-19.  Esta pesquisa caracteriza-se como um estudo retrospectivo transversal analítico. Foram coletados 22 prontuários no Laboratório Cardiopulmonar da Instituição Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais (CESCAGE). A amostra foi composta por 22 voluntários de ambos os sexos, sem etnia e classe social específica, com determinados dados (idade 52 ± 14 anos, peso 79 ± 18 Kg, altura 1.67 ± 0,07 metros), em fase de recuperação da COVID-19 e pós período de transmissão da doença. A força muscular respiratória foi avaliada por meio do aparelho manovacuômetro, onde identificamos PImáx 69 ± 33cmH2O e PEmáx 86 ± 45cmH2O. Para avaliação do pico do fluxo expiratório (PFE) foi utilizado o aparelho Peak Flow, apresentando os valores 260 ± 105 L/min, de 49% a 66% do PFE determinado. A capacidade funcional de exercício foi avaliada por meio de teste Sit-to-stand, apresentando 19 ± 7 rpm, 48% do predito. Para análises estatísticas foi utilizado o teste de Shapiro-wilk. Conclui-se que os indivíduos apresentaram redução do fluxo expiratório, da força muscular respiratória e da capacidade funcional de exercício.

Palavras-chave


COVID-19. Exercício. Força muscular. Fisioterapia.

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