TRANSFERÊNCIA DE EMBRIÕES IN VIVO UTILIZANDO BEZERRAS HOLANDESAS COMO DOADORAS

Resumo

As propriedades leiteiras priorizaram o melhoramento genético relacionado a produção de leite, desconsiderando este investimento para características reprodutivas, inviabilizando a precocidade sexual e a utilização de bezerras como doadoras de embriões. Assim, os resultados sobre a transferência dos embriões advindos de bezerras Holandesas ainda são inexplorados. Dessa forma este estudo objetivou avaliar a taxa de recuperação embrionária de bezerras da raça Holandesa e a taxa de prenhez das receptoras. O experimento foi realizado em uma propriedade leiteira em Castro-PR, no qual os dados foram referentes ao ano de 2020 (n=192) e 2021 (n=241) de bezerras da raça Holandesa com idade de 10 a 12 meses, utilizadas como doadoras de embriões. Para tanto, essas bezerras jovens foram submetidas a superovulação e em seguida realizou-se a coleta dos embriões, repercutindo na taxa de recuperação embrionária. Após a coleta, os embriões foram transferidos para receptoras previamente sincronizadas com as doadoras, gerando a taxa de prenhez. A recuperação embrionária (embriões viáveis) das bezerras Holandesas no ano de 2020 foi de 56,4%, e a taxa de prenhez resultou em 44,4%. Para o ano de 2021, a taxa de recuperação embrionária e a taxa de prenhez foram respectivamente, 63,8% e 47,2%. Houve diferença estatística em relação a recuperação embrionária, no qual o ano de 2021 apresentou uma taxa superior (p<0,05). Na análise da taxa de prenhez não houve diferença (p>0,05). Desta forma, concluiu-se que as bezerras Holandesas com genética comprovada, demonstraram índices promissores na resposta a superovulação e como doadoras de embriões.