CONCILIAÇÃO MEDICAMENTOSA EM UMA UNIDADE HOSPITALAR DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

Pamela Ferreira

Resumo


Históricos de prescrição ou uso de medicamentos inúmeras vezes são obtidos de maneira incompleta e após horas do internamento hospitalar, tornando-se um fator de risco a saúde e a terapia medicamentosa contínua do paciente. Tendo em vista tal fator de risco, este trabalho objetivou realizar a conciliação medicamentosa de pacientes de uma unidade hospitalar emergencial, com pacientes com idade superior a 60 anos, no município de Ponta Grossa/PR, utilizando-se de tabelas desenvolvidas conforme o tipo de atendimento realizado nesta unidade emergencial. Os dados foram comparados com o prontuário eletrônico dos pacientes com intuito de localizar e classificar as discrepâncias em intencionais e não intencionais. Após a identificação e classificação das discrepâncias, o corpo clínico foi devidamente orientado a respeito de tal incoerência na terapêutica do paciente, cabendo ao profissional prescritor a aceitação ou não das intervenções farmacêuticas. O resultado dessa avaliação concedeu um total de 101 (82%) das intervenções não aceitas, valor elevado se observado o total de conciliações realizadas de 123 (100%). Através deste estudo fica evidenciado a importância do farmacêutico clínico atuando junto ao corpo multidisciplinar em todo o processo de hospitalização do paciente, com o objetivo de proporcionar uma terapêutica eficaz, reduzindo danos e evitando erros no tratamento medicamentoso hospitalar e domiciliar, já que a conciliação medicamentosa é uma grande oportunidade para orientação e esclarecimentos de possíveis dúvidas que o paciente e/ou acompanhante possam ter.

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