REPRESENTAÇÃO SOCIAL DA LOUCURA E SUA (DES)CONSTRUÇÃO

Jade Souza Pinheiro, Fernanda Alves de Mello, Sarah Gabrielly Borges, Lucimar Garcia Coneglian

Resumo


 Este artigo objetiva apresentar a I Mostra Antimanicomial do Cescage realizada em maio de 2019, ocasião em que foi aplicado breve questionário com os participantes sobre a representação social da loucura. Após a análise do material, com base na perspectiva teórica da representação social da loucura e dos paradigmas de cuidado do modelo biomédico e do modelo proposto pela Reforma Psiquiátrica brasileira, foi possível considerar que existem marcas segregadoras da loucura ao mesmo tempo em que os resultados apontam para mudança gradativa na mentalidade. Ainda existe um estigma que associa a loucura ao irracional e perigoso. E também, ficam evidenciadas mudanças principalmente ao (1) apontar o CAPS como dispositivo de tratamento, (2) por dar relativa e significativa importância ao processo terapêutico, (3) por sugerir inclusão/participação familiar no tratamento e (4) por considerar o transtorno mental mais do campo da saúde do que da segurança pública.


Palavras-chave


Saúde mental, representação social, loucura, estigma.

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Referências


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