PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E SOCIODEMOGRÁFICO DE CRIANÇAS COM PARALISIA CEREBRAL

Aryadnne Schactae, Cristiani Pereira de Mello, Marilia Muchenski da Costa, Carla Denise Scheremeta

Resumo


A paralisia cerebral ou encefalopatia crônica não progressivas da infância é a consequência de uma lesão estática ocorrida no período pré, peri ou pós natal que afeta o sistema nervoso central em fase de maturação  estrutural  e  funcional,  envolvendo  distúrbios  de  tônus  muscular, posturas e movimentos voluntários. O estudo teve como objetivo caracterizar o perfil epidemiológico   e sociodemográfico de crianças com Paralisia Cerebral em uma associação de pais e amigos dos excepcionais.Matérias e métodos: pesquisa de caráter descritivo e analítico, no qual  foram  avaliadas  cuidados  e  crianças  com  paralisia  cerebral,  através  de questionários   e   da   escala   PEDI.   Resultados:   Foram   selecionados  nove pacientes com diagnóstico de paralisia cerebral, 4 crianças do  sexo masculino  e  5  crianças  do  sexo  feminino.  A idade geral destas crianças foi 7-15 anos, a média da idade dos meninos foi 11 anos e das  meninas 11,4  anos.  A idade  mínima  dessas  crianças  ao  início  do tratamento foi ao nascer e a máxima de 18 meses, sendo a média de idade estimada em 5,67 meses. No questionário PEDI os  cuidadores  relatam  maiores  dificuldade  no  quesito  autocuidado  em seguida na função social e por fim na mobilidade. Conclusão: a necessidade do conhecimento  e  da  prática  deste  sobre  as  características  e  dificuldades  das crianças  é  um  fato  de  alerta  de  conscientização  junto  aos  profissionais  da saúde para estarem realizando avaliações periódica do desenvolvimento no 1º ano de vida, para identificar e encaminhar crianças com possíveis  patologias  graves  em  tempo  mais hábil, aumentando a probabilidade de uma melhor qualidade de  vida.

Palavras   chaves:   Paralisia   Cerebral,   Atividade   de   Vida   Diária,   Perfil sociodemografico, Perfil epidemiológico

 


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