CISTOS DENTÍGEROS - REVISÃO DE LITERATURA

Resumo

RESUMO: Cistos dentígeros são cistos de origem odontogênica, sendo classificados como cistos de desenvolvimento. Normalmente, estão relacionados à coroa de um dente incluso, sendo um dos cistos odontogênicos mais frequentes dos ossos gnáticos. Diagnosticado na maioria das vezes em pacientes entre a segunda e a terceira década de vida, com grande ocorrência em terceiros molares inferiores e caninos superiores. Clinicamente, cistos dentígeros apresentam evolução lenta, assintomática, e podem causar discreta deformidade  facial,  deslocamento  de  dentes  e  alterações  de  estruturas  na  região. Os cistos dentígeros tendem a se desenvolver ao redor de dentes não erupcionados após o acúmulo de fluido entre o epitélio do esmalte e o esmalte. A coroa em fase de desenvolvimento promove pressão sobre o folículo dentário, por consequência resultando em obstrução venosa e transudação de soro pelas paredes dos capilares, que resulta na separação entre a coroa e o folículo dentário. O método diagnóstico não deve se restringir apenas a radiografia, deve ser associado também  um bom exame clínico e um exame microscópico da lesão. O manejo é guiado pela extensão do cisto, pela idade do paciente e pela localização da patologia. Os procedimentos cirúrgicos que são mais utilizados são a marsupialização ou a enucleação. A enucleação do cisto e extração do dente não irrompido é a modalidade de tratamento empregada em cerca de 85% dos casos. Em tais pacientes, o dente não erupcionado é considerado sem maior utilidade quanto às funções de mastigação e estética ou por falta de espaço no arco para erupção.