AVALIAÇÃO DE CÁLCIO, FÓSFORO E PARATORMÔNIO EM DOENTES RENAIS CRÔNICOS, ANALISANDO A PREDISPOSIÇÃO DE HIPERPARATIREODISMO SECUNDÁRIO NESSES PORTADORES

Resumo

A doença renal crônica caracteriza-se pela diminuição da capacidade do glomérulo realizar a filtração do sangue, perdendo lentamente, progressivamente e irreversivelmente as suas funções. Portadores dessa doença apresentam níveis elevados de paratormônio (PTH), devido as mudanças metabólicas que resulta, sendo elas, as alterações nos níveis de cálcio e fósforo sanguíneos, entre outras alterações. Esse estudo, tem como objetivo analisar o percentual de portadores de DRC que apresentam disfunção nos níveis de cálcio, fósforo e PTH e avaliar a presença de hiperparatireoidismo secundário. Foram analisados os resultados desses exames laboratoriais de 50 pacientes que realizaram hemodiálise no Hospital Santa Casa de Misericórdia de Ponta Grossa-PR nos meses de janeiro e julho de 2017. Entre os pacientes estudados houve 36% de prevalência da faixa etária entre 60 e 70 anos. Verificou-se que 54% dos pacientes em janeiro apresentavam hipocalcemia, em julho apenas 22% dos pacientes apresentaram valores baixos de cálcio sérico. Quanto ao fósforo, 80% dos pacientes em janeiro apresentavam níveis elevados e em julho 94% dos pacientes, para os níveis de PTH, 99% dos pacientes apresentaram valores superiores aos de referência. Dentre os pacientes com PTH aumentado, 68% dos pacientes em janeiro apresentaram um possível hiperparatireoidismo secundário e em julho 72% dos pacientes, devido aos níveis de PTH estarem superior a 300 pg/mL. Essas alterações ocorrem devido as modificações que a doença renal crônica acarreta. Por isso ressalta-se a importância da avalição dos exames de cálcio, fósforo e PTH em doentes renais crônicos, o seu diagnóstico precoce e tratamento correto