GAMERTERAPIA NA INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA DE UM ADOLESCENTE COM PARALISIA CEREBRAL ESPÁSTICA – ESTUDO DE CASO

Nillean Layranne Dziuba, Stefany Santana, Christiane Trevisan Slivinski, Evelise Ogata Yadomi

Resumo


A Paralisia Cerebral (PC) é definida como um distúrbio neuromotor causado por danos ao sistema nervoso central, não progressivo e não evolutivo, adquiridos ao nascimento ou durante o desenvolvimento, até os dois primeiros anos de vida. O tratamento através da gamerterapia proporciona um feedback sobre a sua posição no espaço, estimulando a aprendizagem através de estratégias de controle motor adaptativo em resposta a estímulos, assim servindo de incentivo para as atividades cerebrais do paciente.  No estudo foi questionado o uso da terapia convencional associada ao Nintendo Wii ®-Sports para manter ou ganhar amplitude de movimento de membros superiores em pacientes com tetraplegia espástica com PC durante o período de Estágio em Neurologia Pediátrica Clínica-escola do Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais em Ponta Grossa (PR). O estudo foi realizado em três fases: na primeira, foi feito o levantamento do perfil do paciente e avaliação inicial, na segunda aplicação do jogo como medida terapêutica e na terceira fase foi realizada a avaliação final. Comparada com a avaliação inicial, a avaliação final não mostrou alterações na escala aplicada quanto ao grau de hipertonia, amplitude de movimento e controle motor do paciente. Devido à análise dos dados e discussão dos resultados, observa-se que o ciclo de aplicação da terapia foi de curto prazo, não sendo possível avaliar a existência de resultados específicos e significativos. Recomenda-se continuar a usar este método de tratamento, a fim de analisar os resultados no futuro e a importância de novas pesquisas neste campo de tratamento .


Palavras-chave


Ludoterapia. Paralisia cerebral. Mobilidade

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